"Procuremos, pois, manter-nos de boa saúde, não ter quaisquer preconceitos, ter paixões, pô-las ao serviço da nossa felicidade, substituir as nossas paixões por gostos, conservar preciosamente as nossas ilusões, ser virtuosos, nunca nos arrependermos, afastar de nós as ideias tristes (...). Pensemos, enfim, em cultivar o gosto pelo estudo, esse gosto que faz depender a felicidade apenas de nós próprios. Ponhamo-nos ao abrigo da ambição e, sobretudo, cuidemos bem de saber o que queremos ser; decidamo-nos sobre o caminho que queremos seguir para passar a nossa vida e procuremos semeá-lo de flores."
Madame du Châtelet, Discurso sobre a Felicidade
Uff! Alguém conseguirá colocar em prática tais indicações na íntegra e ser feliz?!
Madame du Châtelet (1706-1749)
"À época da redacção do Discurso sobre a Felicidade, Mm. du Châtelet lançou-se na sua grande obra: a tradução dos Principia de Newton que, escritos em latim, tornavam mais difícil o acesso ao público. Clairaut, que a aconselha, confidencia ao Mestre Jacquier, grande especialista em Newton, que ela trabalha como uma escrava. O ano de 1747 é consagrado à correcção das provas da sua tradução e à continuação do Comentário, que deveria incidir apenas sobre o Sistema do Mundo e as proposições do primeiro livro dos Principia. Virá ainda a precisar dos dois anos que a separam da morte para terminar com dificuldade este trabalho excepcional."
in Prefácio de Elisabeth Badinter ( ao Discurso sobre a Felicidade de Mm. du Châtelet)
Madame du Châtelet foi a mulher que no século XVIII traduziu os Principia de Newton, para tornar esta obra acessível ao público que não sabia latim. Só por isto, uma grande mulher! Vale a pena conhecer um pouco da sua biografia. Para isso, é só clicar aqui e ler.
"À época da redacção do Discurso sobre a Felicidade, Mm. du Châtelet lançou-se na sua grande obra: a tradução dos Principia de Newton que, escritos em latim, tornavam mais difícil o acesso ao público. Clairaut, que a aconselha, confidencia ao Mestre Jacquier, grande especialista em Newton, que ela trabalha como uma escrava. O ano de 1747 é consagrado à correcção das provas da sua tradução e à continuação do Comentário, que deveria incidir apenas sobre o Sistema do Mundo e as proposições do primeiro livro dos Principia. Virá ainda a precisar dos dois anos que a separam da morte para terminar com dificuldade este trabalho excepcional."
in Prefácio de Elisabeth Badinter ( ao Discurso sobre a Felicidade de Mm. du Châtelet)