sábado, 29 de setembro de 2007

Quem vai ao mar, perde o lugar.



Conchas, estrelas do mar
Pérolas
Nas tuas mãos cativas
Todos os dias
Nada te pode fazer parar
Outros as esperam
P'ra respirar
H2O tem oxigénio
E toda a faina contém um prémio
Mas na do mar, vai-se o lugar

Sempre assim foi com os pescadores
Tão semelhantes, no fundo iguais
Partem com a fé
Dos sonhadores

E quando chegam, luz nos olhares
O tempo ausente do qual regressam
Em noites mostra
Areias plenas
Almas inquietas
Pleno o silêncio
O dos ruídos
Quando confessam
Que já se foi o seu lugar...

(Imagem: pintura de Jacek Yerka)