Os trava-línguas são sempre muito giros e divertidos, para miúdos e para graúdos. Este livrinho publicado pelas edições Dom Quixote há uns meses atrás, já foi motivo de muitos momentos de diversão para mim, partilhando-o com diversas pessoas.
Trata-se de uma recolha de trava-línguas tradicionais, aqui com adaptação e que dificultam verdadeiramente a nossa dicção. Por isso mesmo, torna-se útil exercitá-la desta forma divertida. Os desenhos são igualmente muito apelativos.
Aqui ficam dois exemplos:
Quando contas contos
Quando contas contos
nunca contas que contas contos
nem que contos contas
contas contos
e que contos contas
a quem quer escutar
é da tua conta
contam os contos que contas
contas com os contos
quando os contos contas
à conta de tanto conto contar
não contas com
que quando contas contos
contos contas
e não te encontras
O imperador de Constantinopla
O imperador de Constantinopla
quis um dia desconstantinoplizar-se.
Quem o desconstantinoplizaria?
Pediu ao vizir de Sandomir
Escreveu ao embaixador do Alvor
Rogou ao capelão do Indostão
Chamou o xeique Muleique
que lhe mandou um desconstantinoplizador
que o desconstantinoplizou sem dor.
Quando contas contos
nunca contas que contas contos
nem que contos contas
contas contos
e que contos contas
a quem quer escutar
é da tua conta
contam os contos que contas
contas com os contos
quando os contos contas
à conta de tanto conto contar
não contas com
que quando contas contos
contos contas
e não te encontras
O imperador de Constantinopla
O imperador de Constantinopla
quis um dia desconstantinoplizar-se.
Quem o desconstantinoplizaria?
Pediu ao vizir de Sandomir
Escreveu ao embaixador do Alvor
Rogou ao capelão do Indostão
Chamou o xeique Muleique
que lhe mandou um desconstantinoplizador
que o desconstantinoplizou sem dor.
in Trava línguas, Luísa Costa Gomes e Jorge Nesbitt